Em uma sociedade que quase exige que vivamos o tempo duas vezes mais rápido, a velocidade e os vícios nos entorpecem diante de nossas próprias experiências.
Numa sociedade desse tipo, é quase impossível fixar-nos no nosso corpo ou ficar ligados ao nosso coração; menos possível ainda é nos ligarmos uns aos outros ou à Terra onde vivemos.
Ao contrário, encontramo-nos cada vez mais isolados e solitários, afastados uns dos outros e da teia natural da vida.
Uma única pessoa dentro de um carro, casas enormes, telefones celulares, walkman preso aos ouvidos... e uma profunda solidão, uma sensação de pobreza interior.
Esse é o mais difundido sofrimento da nossa sociedade moderna.
KORNFIELD, Jack. Um caminho com o coração. São Paulo: Cultrix, 1993, p. 34.