Fiquei feliz com as mensagens do meu
aniversário.
Completei 81 anos. Tempo de reflexão. Aí, vem a
pergunta: neste último ano, evoluí ou permaneci o mesmo? Se permaneci o mesmo, regredi,
porque a vida é um fluxo.
Outra pergunta: em que aspecto evoluí?
Um: aumentei meu saldo bancário, comprei um
apartamento?
Dois: melhorei fisicamente? Estou mais saudável,
mais magro, mais gordo?
Três: fiquei mais compreensivo, mais paciente, mais
caridoso, mais amoroso?
Quatro: meus conhecimentos sobre
espiritualidade aumentaram ou permaneci estagnado no catecismo da infância,
recitando orações mecânicas a um Deus que premia e castiga?
Cinco: em resumo, estou mais feliz?
Esses questionamentos me perseguem, há vários
anos, não somente no dia do meu aniversário, mas também desde que comecei a perceber
que a felicidade não está em dinheiro, poder ou relacionamentos. Tudo isso muda
e tudo isso passa — rapidamente!
Percebi também que a autêntica felicidade — o
Reino de Deus — é um “estado da mente” e não é algo para depois da morte.
Entendi que podemos ingressar no Reino de Deus
aqui e agora, pois Deus está aqui e agora (onipresente, onipotente e
onisciente). Entendi que sou o templo de Deus (1COR 3,16); e que eu posso fazer
as obras que Jesus fez (João 14,12).
Mas o que está faltando para eu ter uma “vida
abundante”? “Vida abundante” não tem nada a ver com milhões numa conta bancária
— trata-se do Reino de Deus “onde a felicidade é um estado da mente que o mundo
exterior, com todos os seus aborrecimentos e preocupações, não pode perturbar”.
Por que não consigo fazer as obras que Jesus
fez?
Por que não consigo me converter e me tornar
como criança e, desse modo, entrar no Reino do Céu (Mateus 18,3)?
A busca começou lá pela década de 1980: Osho,
Krishnamurti, Yogananda, Sai Baba, Allan Kardec, Ramatis, Eva Pierrakos,
Eckhart Tolle, Rudolf Steiner, Paul Brunton, Pietro Ubaldi, Gurdjieff, Fritjof
Capra e muitos outros.
Nunca tinha lido a Bíblia. Conhecia poucos
ensinamentos de Jesus, mesmo assim, somente superficialmente e, muitas vezes,
de forma distorcida.
Em 2000, comecei a conversar semanalmente com
os residentes da El Shaday, uma comunidade terapêutica que tinha por finalidade
a recuperação de dependentes químicos.
Inicialmente, o objetivo era falar da Programação
Neurolinguística –PNL, mas, logo depois, foi necessário começar a falar de
espiritualidade e, consequentemente, da Bíblia.
Fui ler a Bíblia; logo — à vista do que já
tinha lido nos livros dos pensadores mencionados acima — percebi que o importante,
o que realmente interessava, estava nos ensinamentos de Jesus. Assim,
concentrei meus estudos no Novo Testamento (somente li pouquíssimos versículos
do Antigo Testamento). Percebi que os ensinamentos de Jesus são profundos,
científicos e não se baseiam numa fé cega e mística. Mas não são fáceis de
serem corretamente interpretados!
Constatei que meus entendimentos estavam
corretos quando, em 2013, tomei conhecimento do livro CARTAS DE CRISTO — um
livro que resume de forma brilhante tudo o que havia lido sobre espiritualidade
anteriormente.
Hoje trabalho com as certezas seguintes:
a) “minha
consciência pessoal é inteiramente responsável por tudo aquilo que vem para a minha
vida e experiência pessoal. É minha consciência pessoal que traz para mim o bem
ou o mal” e, portanto, “não sou uma vítima das circunstâncias de minha vida,
mas o CRIADOR delas” (parafraseando mensagem de Cristo); e
b) “se
eu não me converter, e não me tornar como criança, eu NUNCA entrarei no Reino
do Céu” (parafraseando Mateus 18,3).
