A visão Sufi diz: Deus não pode ser reduzido a qualquer imagem, metáfora, símbolo ou sinal, embora a mente humana tenha tentado, através dos tempos, reduzir Deus a algo que o ser humano possa venerar, manusear e enfrentar.
(...) Na experiência Sufi isso é um sacrilégio, um pecado. O esforço de reduzir Deus a uma imagem se dá para falsificar a realidade. (...) Seus templos são barreiras para Deus, não portas. Eles fingem ser portas, mas não são. E seus modelos, suas imagens, suas filosofias, seu contínuo esforço de preencher o vazio da existência com palavras, filosofias e sistemas nada mais são do que criar uma falsa segurança à sua volta.
(...) Na experiência Sufi isso é um sacrilégio, um pecado. O esforço de reduzir Deus a uma imagem se dá para falsificar a realidade. (...) Seus templos são barreiras para Deus, não portas. Eles fingem ser portas, mas não são. E seus modelos, suas imagens, suas filosofias, seu contínuo esforço de preencher o vazio da existência com palavras, filosofias e sistemas nada mais são do que criar uma falsa segurança à sua volta.
Deus é insegurança. Estar com ele é estar constantemente em perigo, penetrar nele é penetrar no desconhecido e no incognoscível. Isso amedronta, assusta. A pessoa começa a se perder e deseja se conter e não investigar a enormidade. Portanto, são de grande ajuda esses pequenos deuses criados por você mesmo ou pelos seus sacerdotes, a partir de sua esperteza, astúcia e perícia. Eles são falsos porque você os criou. O verdadeiro Deus é aquele que criou você, o falso Deus é aquele que você criou.
OSHO. A sabedoria das areias. São Paulo: Editora Gente, 1999, p. 10-11.