Como disse, já pensei (?) em
deixar meus filhos trabalharem uns dois anos e depois voltarem a estudar (obviamente, se quisessem)!
Mas fui logo massacrado: “Você
ficou maluco! Já não basta essa sua utopia de PLANO DIRETOR que me persegue há
10 anos”?
Há muitos anos, quando era
instrutor, fiz sugestão semelhante ao Departamento de Treinamento do Banco do
Brasil. Agora, estou pensando em sugerir algo parecido ao MEC!
Quando concluírem o Ensino
Médio, os jovens deveriam trabalhar por dois anos como pré-requisito para ingressarem
num curso superior.
Obviamente, se o ESTATUTO DA CIDADE foi
jogado no lixo, minha sugestão seria completamente ignorada – e talvez até eu
fosse novamente processado por danos morais –, porque os jovens iriam
descobrir, por exemplo, como disse o Dr. José Ângelo Gaiarsa:
“O que restou em você depois
de quinze anos de perda de tempo, sentado em uma cadeira, fazendo sabe-se lá o
quê? Quinze anos de tortura e tédio, cujo conteúdo poderia ser aprendido em um
ano, se alguém estivesse interessado nesse sentido.”
Ou, como escreveu Peter
Drucker:
“As escolas, sua estrutura,
seu papel, seus objetivos e, acima de tudo, o que elas ensinam tornar-se-ão,
cada vez mais, uma preocupação importante. O que conseguimos em troca de todos os
anos que passamos nas escolas? (...) A maior fraqueza das escolas de hoje, que
deve afetar os estudantes, é a camisa-de-força verbal (...) Mas o resultado é
uma escola que, em lugar de formar, deforma. É uma escola de tédio, de falta de
estímulo, de falta de realização e de satisfação. Não me surpreende o fato de
os jovens fazerem tumultos. Surpreende-me sua paciência, considerando-se quão
enfastiada está a maioria deles na escola, quase que constantemente.”
Ou, pior ainda, que a “educação
atual produz zumbis”, conforme escreveu o psiquiatra chileno Claudio Naranjo (link abaixo):