07/06/2025

O BRASILEIRO QUER COLHER SEM SEMEAR

A democracia do Brasil é frágil porque não existe equilíbrio entre direitos e deveres. Aliás, não se trata de uma democracia, pois não existe LIBERDADE DE EXPRESSÃO. Existe LIBERDADE DE EXPRESSÃO em Muriaé?

Nossa constituição é repleta de direitos, e os brasileiros entendem que o seu dever de cidadão é somente pagar os impostos em dia e votar nas eleições — entregar um cheque em branco válido por quatro anos e não se preocupar como o favorecido (o eleito) vai gastar o dinheiro! Depois, como disse o General Mourão, “reclamar nos botequins e nas redes sociais”.

O Brasil está nesta situação porque os municípios se encontram em situação semelhante!

Os brasileiros querem COLHER um país democrático que garanta o bem-estar de todos — inclusive e principalmente dos filhos e netos — sem SEMEAR, ou seja, sem participar da administração pública conforme está previsto nas leis, especialmente na Lei nº 10.257/2001, denominada Estatuto da Cidade.

O Brasil é um TODO composto de 5.570 municípios, que são as PARTES. Querer consertar o TODO sem consertar as PARTES é tentar consertar um automóvel sem consertar suas peças. É impossível consertar o Brasil (o todo) sem consertar, pelo menos, a maioria dos municípios (as partes). E somente é possível consertar os municípios de forma sustentável com ampla participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na administração pública.

A propósito, os muriaeenses estão participando da elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO 2026 (que já está sendo votada na Câmara Municipal)?

Os muriaeenses sabem que as obras que devem ser realizadas no próximo ano devem constar do Anexo de METAS E PRORIDADES da LDO?

Os muriaeenses sabem também que o Plano Plurianual – PPA, que é o planejamento da cidade para o período de 2026-2029, deve ser remetido à Câmara Municipal até 31 de agosto próximo?

Os muriaeenses sabem, ainda, que esses instrumentos — LDO e PPA — devem ser discutidos com a população em audiências públicas realizadas pela Prefeitura (quando da elaboração) e pela Câmara Municipal (quando da aprovação)?

(Como minha mulher martela em meus ouvidos: "Ninguém quer saber disso"!)

Outra coisa que não entendo nos brasileiros: por que eles se preocupam com Lula, Bolsonaro, Alexandre Moraes, Trump —com o Deus ciumento e vingativo, que premia e castiga, do Antigo Testamento, mas não se preocupam com a administração de suas cidades onde vivem e, provavelmente, viverão seus filhos e netos?

Aliás, eu entendo: trata-se do ego — sempre o ego, mas isso é outro desabafo!

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