Para quem acredita na reencarnação, é uma
situação desafiadora.
Regra geral, existe todo um planejamento quando
vamos reencarnar. É firmado um acordo entre pais e filhos — tudo voltado para o
desenvolvimento espiritual de todos. Ainda bem que meus filhos nunca disseram: “Eu
não pedi para nascer”!
Nosso aprendizado aqui na Terra tem uma duração
programada.
Vamos supor que eu e minha mãe tenhamos
combinado vivermos juntos para um aprendizado recíproco. Isso significa que a
programação de nosso “curso” deve durar “até que a morte nos separe”.
Se minha mãe vai para um asilo, mesmo que tudo
seja acordado entre nós, estaremos interrompendo o nosso aprendizado — talvez
na sua fase mais importante, porque é na velhice que as provas se tornam mais
desafiadoras.
Acreditar na reencarnação complica a vida da
gente. É mais cômodo acreditar que — com todos os nossos defeitos — vamos para
o céu simplesmente frequentando a igreja semanalmente e fazendo pequenas
caridades.
Mas Jesus foi taxativo:
“Eu lhes garanto: se vocês não se converterem, e não se tornarem como crianças, vocês NUNCA entrarão no Reino do Céu” (Mateus 18,3).
“Portanto, sejam perfeitos como é perfeito o Pai de vocês que está no céu” (Mateus 5,48).
A pergunta é: é possível se tornar perfeito
como Deus somente numa vida de 70 ou 80 anos?
Os católicos podem dizer: “você vai se tornar perfeito no purgatório. Não é o que Jesus recomendou, conforme está em Mateus
5,23-24: “Portanto, se você for até o altar para levar a sua oferta, e aí se
lembrar de que o seu irmão tem alguma coisa contra você, deixe a oferta aí
diante do altar, e vá primeiro fazer as pazes com seu irmão; depois, volte para
apresentar a oferta”.
Aqui a pergunta é: como vou fazer as pazes com minha mãe se um de nós não for para o purgatório?