Por não serem administradas com base num PLANO DIRETOR, as cidades são uma colcha de retalhos: cada prefeito coloca o seu remendo, e as cidades vão se tornando um “frankenstein” onde a qualidade de vida dos cidadãos se deteriora a cada dia!
E os ELEITORES?
OS ELEITORES se fazem de Pilatos, apesar de o Papa Francisco ter dito que “envolver-se na política é uma obrigação para um cristão; nós, os cristãos, não podemos fazer de Pilatos e lavar as mãos, pois a política é uma das formas mais altas de caridade, porque busca o bem comum…”.
Assista ao vídeo:
Wilhelm Reich, no livro “O assassinato de Cristo”, toca na ferida:
“Almas vazias nunca bebem grandes pensamentos para mudar o mundo para melhor. Só bebem esses pensamentos para encherem suas almas vazias. Nada se fará contra a miséria. Elas honram, quando não matam, seus grandes sábios e profetas, não porque melhorem sua sorte, mas pela ESPERANÇA com que aquecem suas almas frias e estéreis.
Nunca apontarão o dedo para a peste que devasta a terra e suas próprias vidas. Acusam o tirano, mas não o povo que torna o tirano poderoso. Acusam os legisladores, mas não o povo que, instalado em seu eterno imobilismo, torna possíveis as más leis. Condenarão a usura, mas nada farão para acabar com ela. Por que se aborrecer? Aplaudirão Cristo por atacar os mercadores, mas eles mesmos passaram por suas portas e nunca disseram uma palavra.”
“A multidão espalhou seus mantos na rua, alguns cortaram ramos e os puseram no caminho de Cristo para Jerusalém. E a multidão gritava: “Hosana ao filho de David! Bendito seja o que vem em nome do Senhor! Hosana nas Alturas!”. E quando Cristo tomar a estrada do Gólgota, nenhum virá cantar Hosana nas Alturas. POR QUÊ? POR QUÊ, em nome dos céus, é assim e por quê, em nome do Demônio, ninguém nunca mencionou ou apontou essa discrepância? Porque o povo gritará Hosana nas Alturas e simplesmente virará as costas quando a vítima dos gritos de Hosana estiver no chão de joelhos.”
REICH, Wilhelm. O assassinato de Cristo. Volume um de A peste emocional da humanidade. 5ª Ed. São Paulo. Martins Fontes, 1999, p. 89.