O universo é visto como uma teia dinâmica de eventos inter-relacionados. Nenhuma das propriedades de qualquer parte dessa teia é fundamental; todas elas decorrem das propriedades das outras partes do todo, e a coerência total de suas inter-relações determina a estrutura da teia [Será que foi por isso que Cristo disse: “Eu estou em meu Pai, vocês em mim, e eu em vocês”?].
No nível subatômico, as inter-relações e interações entre as partes do todo [Todo é outro nome para Deus?] são mais fundamentais do que as próprias partes. [...] Enquanto, na mecânica clássica, as propriedades e o comportamento das partes determinam as propriedades e o comportamento do todo, a situação na mecânica quântica é inversa: é o todo [será que o Todo é Deus?] que determina o comportamento das partes [tudo o que existe no universo?].
Quando penetramos na matéria, a natureza não nos mostra quaisquer elementos básicos isolados, mas apresenta-se como uma teia complicada de relações entre as várias partes de um todo unificado. [...] As partículas subatômicas – e, portanto, em última instância, todas as partes do universo – não podem ser entendidas como entidades isoladas, mas devem ser definidas através de suas inter-relações [“Ame ao próximo como a si mesmo”].
Será
que estamos irremediavelmente ligados conforme parecem indicar as palavras de
Cristo e Capra? Será que é por isso que Cristo nos ensina que, depois de amar a
Deus, o maior mandamento é “amar ao próximo como a si mesmo”? Se acreditarmos
que fazemos parte de um Todo (Deus, Universo, Cosmos, etc.); se acreditarmos
que somos espíritos como diz São Paulo:
“Quem conhece a fundo a vida íntima do homem é o espírito do homem que está dentro dele” (1Coríntios 2,11), e
“Uma vez que o Espírito de Deus habita em vocês...” (Romanos 8,9),
vai
ficar difícil continuarmos representando no teatro da vida, e, como diz
Gurdjieff, teremos que ser sinceros conosco mesmos e nos convencer de que não
nos é possível viver como vivemos, nem ser o que fomos até o presente; que
precisamos a qualquer preço encontrar uma saída para essa situação.
Tudo
isso, traduzido em termos de Plano Diretor, pode indicar que -- se estivermos
interligados como parece, seja no mundo subatômico (Capra), seja por intermédio
do Espírito Santo (Cristo) – seria bom analisarmos com carinho as prioridades
do Plano Diretor, pois poderemos estar “dando um tiro em nosso próprio pé” se
considerarmos a eternidade como horizonte temporal!