13/09/2016

CRÍTICAS AO PLANO DIRETOR

Um internauta comenta:
“Plano diretor é uma instituição falida. Não funciona se não for bem feito. Não funciona se depender de regulamentação de leis, não funciona se pretende resolver outros problemas se não os que envolvem exclusivamente a política urbana da cidade. Não funciona se não for revisto com participação popular efetiva. Como diz Flávio Villaça, é uma ilusão!”

COMENTÁRIO DO ANACLETO

Para eu afirmar que o PLANO DIRETOR não funciona, eu preciso analisar um PLANO DIRETOR elaborado, executado e fiscalizado, conforme determina a Lei nº 10.257/2001, denominada ESTATUTO DA CIDADE.

Infelizmente, segundo informações do próprio Ministério das Cidades, não existe um PLANO DIRETOR no país elaborado, executado e fiscalizado conforme determina o ESTATUTO DA CIDADE. O que existe são simulacros de planejamento estratégico, elaborados apenas para atender a exigências legais, conforme é o caso do PLANO DIRETOR DE MURIAÉ, instituído pela Lei Municipal nº 3.377/2006.

A pergunta é: “Por que os prefeitos, os urbanistas e a população não se interessam por implementar um PLANO DIRETOR de acordo com os princípios e diretrizes do ESTATUTO DA CIDADE, especialmente no que se refere à participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade”?

Resposta: porque o PLANO DIRETOR acaba com as benesses proporcionadas pelas prefeituras.

O Projeto de Lei do ESTATUTO DA CIDADE foi rigorosamente analisado por especialistas e amplamente discutido no Congresso Nacional por 10 (dez) anos! Esse fato, por si só, atesta que o PLANO DIRETOR é a melhor forma de se administrarem as cidades.

O Planejamento Estratégico consta da grade curricular das universidades. É sistematicamente adotado por TODAS as grandes empresas. Por que razão as cidades não devem ser planejadas estrategicamente?

José Anacleto de Faria
Tel.: (32) 98861-3361

E-mail: asenp.anacleto@oi.com.br.