06/09/2016

ANULAR O VOTO NÃO É A SOLUÇÃO!

Muitas pessoas estão dizendo que anularão o voto na próxima eleição.

Reconheço que, muitas vezes, me dá vontade de anular o voto. Aliás, nesta semana, uma pessoa me disse: “Vou anular meu voto igual ao Anacleto”.

Por eu não ter partido e escrever sobre PLANO DIRETOR, as pessoas deduzem que anulo meu voto. NUNCA anulei meu voto, porque considero, no mínimo, que “anular o voto” é fazer de Pilatos.

A propósito, o Papa Francisco disse: “Envolver-se na política é uma obrigação para um cristão” e “Nós, os cristãos, não podemos fazer de Pilatos e lavar as mãos, não podemos” (Assista ao vídeo.)

“Fazer de Pilatos”, ou seja, anular o voto não exime o cidadão de suas corresponsabilidades para com cidade onde mora, porque o cidadão – votando ou anulando o seu voto – vai continuar a usar a estrutura e os serviços da cidade para atender às suas necessidades e às de seus familiares. Não basta pagar os impostos em dia, e imprescindível fiscalizar a aplicação do nosso dinheiro!

Reconheço, contudo, que, na atual conjuntura, votar consciente é uma tarefa difícil, principalmente para mim que sei que as cidades vêm sendo administradas de forma ilegal e tecnicamente incorreta, desde 2001.E vão continuar a ser administradas ilegalmente e tecnicamente incorreta, conforme se depreende das propostas de governo que se encontram disponibilizadas no site do Tribunal Superior Eleitoral – TSE e, principalmente, porque a Lei nº 10.257/2001, denominada ESTATUTO DA CIDADE, foi jogada no lixo (inclusive pelo ex-presidente Lula).

QUE FAZER PARA NÃO PERDER O VOTO?

Primeiro, antes de tudo, pressionar os candidatos para que assumam o compromisso de elaborar ou revisar o PLANO DIRETOR da cidade, conforme determinam as leis. Questione o seu candidato sobre o PLANO DIRETOR. Faça-lhe perguntas sobre a Cartilha “A CIDADE QUE QUEREMOS” (link no final do texto).

Segundo, passar a cumprir os deveres de cidadão controlando e fiscalizando as ações do candidato eleito, independentemente de você ter votado nele ou não. Controlar e fiscalizar as ações do prefeito que você não ajudou a eleger é uma das melhores formas de você não perder o seu voto!

O cidadão pode controlar e fiscalizar as ações do Poder Executivo (Prefeitura) de duas formas (isso quer dizer que o cidadão não fiscaliza somente se não quiser):
  • DIRETAMENTE, o cidadão pode participar de audiências e conferências públicas;
  • INDIRETAMENTE, através das Associações de Moradores de Bairro, Conselhos Municipais, Partidos Políticos, OAB, CREA, CDL, ACIM, Sindicatos, Lojas Maçônicas, Rotary, Lions, Pastorais etc.
A propósito, brevemente devem ser realizadas duas audiências públicas relativas à LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA 2017: UMA será realizada pela Prefeitura para elaborar; OUTRA será realizada pela Câmara Municipal para discutir e aprovar o Projeto de Lei que lhe será enviado pela Prefeitura. Sem falar do parecer prévio que deverá ser elaborado pelo Conselho Municipal de Planejamento e Desenvolvimento - COMUPLAN!

https://www.youtube.com/watch?v=WJnqajhUNKc