Muitas
pessoas estão dizendo que anularão o voto na próxima eleição.
Reconheço
que, muitas vezes, me dá vontade de anular o voto. Aliás, nesta semana, uma
pessoa me disse: “Vou anular meu voto igual ao Anacleto”.
Por
eu não ter partido e escrever sobre PLANO DIRETOR, as pessoas deduzem que anulo
meu voto. NUNCA anulei meu voto, porque considero, no mínimo, que “anular o
voto” é fazer de Pilatos.
A
propósito, o Papa Francisco disse: “Envolver-se na política é uma obrigação
para um cristão” e “Nós, os cristãos, não podemos fazer de Pilatos e lavar as
mãos, não podemos” (Assista ao vídeo.)
“Fazer
de Pilatos”, ou seja, anular o voto não exime o cidadão de suas corresponsabilidades
para com cidade onde mora, porque o cidadão – votando ou anulando o seu voto –
vai continuar a usar a estrutura e os serviços da cidade para atender às suas
necessidades e às de seus familiares. Não basta pagar os impostos em dia, e
imprescindível fiscalizar a aplicação do nosso dinheiro!
Reconheço,
contudo, que, na atual conjuntura, votar consciente é uma tarefa difícil,
principalmente para mim que sei que as cidades vêm sendo administradas de forma
ilegal e tecnicamente incorreta, desde 2001.E vão continuar a ser administradas
ilegalmente e tecnicamente incorreta, conforme se depreende das propostas de governo
que se encontram disponibilizadas no site do Tribunal Superior Eleitoral – TSE
e, principalmente, porque a Lei nº 10.257/2001, denominada ESTATUTO DA CIDADE, foi
jogada no lixo (inclusive pelo ex-presidente Lula).
QUE
FAZER PARA NÃO PERDER O VOTO?
Primeiro,
antes de tudo, pressionar os candidatos para que assumam o compromisso de elaborar
ou revisar o PLANO DIRETOR da cidade, conforme determinam as leis. Questione o
seu candidato sobre o PLANO DIRETOR. Faça-lhe perguntas sobre a Cartilha “A
CIDADE QUE QUEREMOS” (link no final do texto).
Segundo,
passar a cumprir os deveres de cidadão controlando e fiscalizando as ações
do candidato eleito, independentemente de você ter votado nele ou não.
Controlar e fiscalizar as ações do prefeito que você não ajudou a eleger é uma
das melhores formas de você não perder o seu voto!
O
cidadão pode controlar e fiscalizar as ações do Poder Executivo (Prefeitura) de
duas formas (isso quer dizer que o cidadão não fiscaliza somente se não quiser):
- DIRETAMENTE, o cidadão pode participar de audiências e conferências públicas;
- INDIRETAMENTE, através das Associações de Moradores de Bairro, Conselhos Municipais, Partidos Políticos, OAB, CREA, CDL, ACIM, Sindicatos, Lojas Maçônicas, Rotary, Lions, Pastorais etc.
A
propósito, brevemente devem ser realizadas duas audiências públicas relativas à
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA 2017: UMA será realizada pela Prefeitura para
elaborar; OUTRA será realizada pela Câmara Municipal para discutir e aprovar o Projeto de
Lei que lhe será enviado pela Prefeitura. Sem falar do parecer prévio que deverá ser elaborado pelo Conselho Municipal de Planejamento e Desenvolvimento - COMUPLAN!
“A
CIDADE QUE QUEREMOS”
http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNPU/Eventos/OficinaRagularizacaoFundiaria/PlanoDiretor/Cartilha%20a%20Cidade%20que%20queremos.pdf
ASSISTA AO VÍDEO DO PAPA FRANCISCO
https://www.youtube.com/watch?v=WJnqajhUNKc
http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNPU/Eventos/OficinaRagularizacaoFundiaria/PlanoDiretor/Cartilha%20a%20Cidade%20que%20queremos.pdf
ASSISTA AO VÍDEO DO PAPA FRANCISCO