14/05/2016

ÉTICA: UM NEGÓCIO COMPLICADO

FALANDO DE ÉTICA, o professor Karnal disse:
“(...) que nós consigamos pensar na microfísica do poder, ou seja, na falta de ética na escola, nas famílias e nas empresas”.

Gosto de citar dois aspectos polêmicos da ética: um envolve espiritualidade; o outro, juízo de valor.

Será que uma pessoa materialista tem os mesmos referencias éticos de quem acredita que a vida continua após a morte e, principalmente, na reencarnação?

Colar na prova é muito diferente de desviar milhões da Petrobras? Como nasceram os deslizes éticos dos corruptos da Lava Jato?

Nossa mente se divide em duas partes: consciente e inconsciente. A parte inconsciente corresponde a 90% de nosso potencial mental. A mente consciente (os 10% restantes) pensa, raciocina, mas a inconsciente é burra: ela simplesmente processa.

A mente inconsciente é tão burra que não sabe distinguir o real do imaginário. Você duvida? Então, por que choramos quanto assistimos a um filme triste?

Para a mente inconsciente, colar na prova é o mesmo que roubar milhões dos cofres públicos. Ela não faz juízo de valor; ela trabalha como um computador, ou seja, tanto faz somar 2+2 (colar na prova) quanto somar os bilhões desviados da Petrobrás.

A briga entre consciente e inconsciente é antiga; perturbou também São Paulo há dois mil anos, como se vê nas passagens seguintes:
“O querer o bem está em mim (no meu consciente), mas não sou capaz de fazê-lo. Não faço o bem que quero, e sim o mal que não quero (porque não consigo comandar minha mente inconsciente).”
A propósito, por esse mesmo motivo é que não cumprimos as promessas feitas no "Réveillon". A mente inconsciente nos faz de idiotas logo no dia seguinte. E, se a gente não ficar antenado (consciente), ela nos fará de idiotas por toda a vida e, até mesmo depois da morte, no plano espiritual!

Como ser ético vivendo inconscientemente?