FALANDO DE ÉTICA, o professor Karnal disse:
“(...) que nós consigamos pensar na microfísica do poder, ou seja, na falta de ética na escola, nas famílias e nas empresas”.
Gosto
de citar dois aspectos polêmicos da ética: um envolve espiritualidade; o outro,
juízo de valor.
Colar
na prova é muito diferente de desviar milhões da Petrobras? Como nasceram os
deslizes éticos dos corruptos da Lava Jato?
Nossa mente
se divide em duas partes: consciente e inconsciente. A parte inconsciente
corresponde a 90% de nosso potencial mental. A mente consciente (os 10% restantes) pensa,
raciocina, mas a inconsciente é burra: ela simplesmente processa.
A mente
inconsciente é tão burra que não sabe distinguir o real do imaginário. Você
duvida? Então, por que choramos quanto assistimos a um filme triste?
Para a
mente inconsciente, colar na prova é o mesmo que roubar milhões dos cofres
públicos. Ela não faz juízo de valor; ela trabalha como um computador, ou seja,
tanto faz somar 2+2 (colar na prova) quanto somar os bilhões desviados da
Petrobrás.
A
briga entre consciente e inconsciente é antiga; perturbou também São Paulo há
dois mil anos, como se vê nas passagens seguintes:
“O querer o bem está em mim (no meu consciente), mas não sou capaz de fazê-lo. Não faço o bem que quero, e sim o mal que não quero (porque não consigo comandar minha mente inconsciente).”
A
propósito, por esse mesmo motivo é que não cumprimos as promessas feitas no "Réveillon". A mente inconsciente nos faz de idiotas logo no dia seguinte. E, se a gente não ficar antenado (consciente), ela nos fará de idiotas por toda a vida e, até mesmo depois da morte, no plano espiritual!
Como ser ético vivendo inconscientemente?
Como ser ético vivendo inconscientemente?