Adélia
Prado disse (vídeo abaixo):
“(...)
Eu acho que no Brasil, por exemplo, principalmente agora, nós estamos vivendo
um tempo muito cinzento, muito triste. É uma ditadura disfarçada; eu acho, num,
num, num sinto num país democrático não (...)”.
Pode
ser que este “zeitgeist” (*) esteja ocorrendo também em outras partes do mundo.
Pode ser que ele também estivesse ocorrendo, independentemente de partidos e
lideranças políticas. Mas o fato é que -- apesar de todo o crescimento
econômico -- “estamos vivendo um tempo muito cinzento”. A prova disso é que,
nunca antes neste país, se bebeu tanto, drogou tanto, adoeceu tanto e tomou
tanto antidepressivo!
Ancelmo
Gois (o Globo de 25.04.07) escreveu: “Em 40 dias, morreram oito jovens entre 18
e 23 anos em Valença (RJ). Um foi morto, sete se suicidaram. As autoridades
atribuem ao clima de desesperança da juventude da cidade, que sofre com falta
de emprego e alcoolismo”.
E
eu, Anacleto, digo que existe muita gente por aí (não apenas jovens!) se
suicidando em doses homeopáticas, física, psicológica e espiritualmente –
em razão, principalmente, deste "tempo
cinzento", que está fazendo as pessoas perderem suas referências éticas e
espirituais, sem as quais é impossível construir uma autêntica felicidade.
(*)
Zeitgeist: é um termo alemão cuja tradução significa espírito da época,
espírito do tempo ou sinal dos tempos. Significa, em suma, o conjunto do clima
intelectual e cultural do mundo, numa certa época, ou as características
genéricas de um determinado período de tempo. Wikipédia.