15/05/2014

LEI DA PALMADA




Eu também pensava desse jeito, até que li algo, mais ou menos, assim: (*)

Se eu cometer um crime, vou ter direito – antes de ser punido – a um julgamento justo, com ampla defesa; talvez possa responder o processo em liberdade; e, se condenado, ter a pena reduzida.  Mas, se castigo meu filho (física, psicológica ou espiritualmente!), eu estou “prendendo”, “indiciando”, “julgando”, “condenando” e “punindo” – tudo ao mesmo tempo. Ou seja, estou exercendo – muitas vezes, sem competência -- o papel da polícia, do delegado e do juiz!

Hoje “engulo” que, se estou tendo problemas com meu filho, é porque eu, minha família, a escola, a igreja, os amigos e a sociedade falhamos em algum momento.

E também, como acredito em reencarnação, trabalho com a possibilidade de eu e meu filho termos errado em vidas passadas, e, desse modo, estarmos nesta vida para, juntos, nos aperfeiçoarmos, porquanto somente conseguiremos ser autenticamente felizes (atingir o Reino de Deus), quando nos tornarmos perfeitos como é perfeito o Pai que está no céu (Mateus 5,48). E meus filhos sabem disso, tanto que jamais me “chantagearam” dizendo, por exemplo: “Eu não pedi para nascer” ou coisa semelhante!

(*) Não me recordo exatamente onde; parece que foi no livro “Uma vida para seu filho: pais bons o bastante” de Bruno Bettelheim.