Eu também pensava desse jeito, até
que li algo, mais ou menos, assim: (*)
Se eu cometer um crime, vou ter
direito – antes de ser punido – a um julgamento justo, com ampla defesa; talvez
possa responder o processo em liberdade; e, se condenado, ter a pena
reduzida. Mas, se castigo meu filho (física,
psicológica ou espiritualmente!), eu estou “prendendo”, “indiciando”,
“julgando”, “condenando” e “punindo” – tudo ao mesmo tempo. Ou seja, estou
exercendo – muitas vezes, sem competência -- o papel da polícia, do delegado e
do juiz!
E também, como acredito em
reencarnação, trabalho com a possibilidade de eu e meu filho termos errado em
vidas passadas, e, desse modo, estarmos nesta vida para, juntos, nos
aperfeiçoarmos, porquanto somente conseguiremos ser autenticamente felizes
(atingir o Reino de Deus), quando nos tornarmos perfeitos como é perfeito o Pai
que está no céu (Mateus 5,48). E meus filhos sabem disso, tanto que jamais me
“chantagearam” dizendo, por exemplo: “Eu não pedi para nascer” ou coisa
semelhante!
(*) Não me recordo exatamente
onde; parece que foi no livro “Uma vida para seu filho: pais bons o bastante”
de Bruno Bettelheim.