22/05/2025

REZANDO DIFERENTE

Não fumei um baseado estragado; apenas pensando!

Soube ontem que um amigo está com câncer em fase terminal.

Pensei: vou rezar para ele.

Tornei a pensar: por que rezar? Jesus não disse que o Pai sabe do que necessitamos mesmo antes de a gente pedir? Então o Pai sabe do que meu amigo está precisando muito melhor do que o Anacleto.

Continuei pensando: mas o que posso fazer para ajudar o meu amigo?

Novo pensamento: por que o Pai não socorria as pessoas — curava cegos e paralíticos — antes de Jesus agir?

Será porque o Pai não conseguia agir diretamente no corpo físico das pessoas cegas e paralíticas? Ou porque o ego das pessoas bloqueava o acesso do Pai? Lembram-se de que Jesus disse: “tua fé te curou”?

Voltemos ao meu amigo. Recordei-me dos ensinamentos de Joel S. Goldsmith e concluí: a única forma de ajudar ao meu amigo é me conectando com o Pai — e não rezando e pedindo ao Pai que ajude meu amigo.

Se eu estiver conectado com o Pai, quando meu amigo pensar em mim, ele automaticamente se conectará com o Pai, e o Pai, valendo-se de meus recursos humanos, agirá sobre meu amigo, fazendo aquilo que for melhor para ele.

Jesus curava as pessoas porque estava permanentemente conectado com o Pai, como Ele disse: “O Pai eu somos UM”!

Jesus era o canal através do qual o Pai agia. Mas existe um tremendo problema: para que o Pai possa agir por intermédio de alguém é preciso que esse alguém esteja limpo de todos pensamentos, palavras e ações egoístas.

Mas como fica se o Anacleto não é limpo de pensamentos, palavras e ações egoístas?

Vou tangenciar a resposta para uma parábola irônica que usávamos quando eu trabalhava na Direção Geral do BB em Brasília. Um colega perguntava: “Como o BB ainda pode dar lucro”? Alguém respondia: “Os funcionários da Direção Geral dormem da meia-noite às seis”!

Traduzindo: Em algum momento nosso ego descuida ou “dorme” por um segundo e, assim, neste segundo o Pai, que nunca dorme, age!

Talvez, neste momento, ao rascunhar este texto, eu tenha “rezado” por meu amigo. Quem sabe?