“Complicado. Como
realizar o necessário se vivemos num País cujo Estado visa manter o cidadão na
mais profunda ignorância sócio/política? Onde charlatões se fantasiam de guias
espirituais e arrebanham milhares. Como esperar que o cidadão leia e se informe
quando as escolas primam por NÃO ensinar o estudante a interpretar pequenos
trechos de leitura. E o Estado fomenta a desinformação e desvios morais. Muito
complexo e com certeza essa geração pós Regime Cívico Militar está perdida. O
País viverá um grande lapso de identidade social até que surja uma nova geração
de pessoas preocupadas em adquirir conhecimento e transmiti-lo.”
COMENTEI:
Não há uma maneira de
mudar por atacado e, como escreveu Huberto Rohden, "não existe alo-educação" (educação de fora para dentro) - a mudança tem de ocorrer dentro de cada um, por isso, minhas
publicações têm basicamente as seguintes diretrizes:
Primeira, falo daquilo
que está próximo das pessoas e que, portanto, as pessoas podem fazer alguma
coisa para mudar. Por exemplo, no momento, estou falando do Projeto da LEI DE
DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS DE MURIAE – LDO 2026, porque os muriaeenses podem e
devem participar das audiências públicas que têm de ser realizadas pelas
Prefeituras e Câmaras Municipais, conforme determina a Lei de Responsabilidade
Fiscal. Alguém pode argumentar: mas os muriaeenses não vão participar nem a
imprensa vai divulgar. A diferença é que agora os muriaeenses sabem que o legal
e tecnicamente correto é pleitear neste momento a escola para o seu bairro — e
não procurar depois os vereadores (“prefeitinhos de bairro” e “despachantes de
luxo”) que atendem os cidadãos em troca de votos!
A segunda diretriz é
procurar conscientizar as pessoas de que não existe um Deus-Gerente lá no céu que
fica resolvendo nossos problemas. “Nenhum controle do ‘bem’ ou do ‘mal’ é
exercido por um ‘Deus que está acima’. Se fosse assim, o mundo não estaria em
um estado tão espantoso de transtorno e miséria”. A guerra entre Rússia e
Ucrânia e o conflito entre israelenses e palestinos atestam isso!
Não haverá solução para
nossos problemas e sempre continuará existindo guerras, enquanto as pessoas
continuarem acreditando no Deus do Antigo Testamento — o Deus do “olho por olho”
de características humanas, ciumento e vingativo, que premia e castiga. E não
acreditarem exclusivamente no Deus-PAI de Jesus — o Deus de “dar a outra face”,
“não julgar”, “perdoar setenta vezes sete”...
Como disse Paramahansa Yogananda,
crucificaram Jesus uma vez, mas continuam crucificando os seus ensinamentos
diariamente.
Quando Jesus recomendou
“amar ao próximo” e disse “o Pai e eu somos um”, Ele quis dizer que no universo
tudo está interligado; não existe nada isolado, aliás, conforme hoje atesta a
Física Quântica.