03/06/2017

ASSOCIATIVISMO: DESENVOLVIMENTO HUMANO E ESPIRITUAL

Em publicação anterior, falei da importância do ASSOCIATIVISMO para superar crises. O ASSOCIATIVISMO não é importante somente para superar crises nos governos, na política e na administração pública. O ASSOCIATIVISMO é, principalmente, essencial para o nosso crescimento humano e espiritual.

Conforme afirmam as pessoas iluminadas, nós somente nos desenvolvemos em função do “feedback” que nos é dado pelas outras pessoas. As pessoas funcionam como um espelho: elas nos refletem. Em problemas de relacionamentos, regra geral, nós transferimos o problema para a outra pessoa, mas, na verdade, a pessoa somente está “jogando em nossa cara” um problema que existe dentro de nós e que precisa ser trabalhado. Deveríamos ser-lhe gratos!

A democracia torna as pessoas individualistas. Elas pensam que para ser feliz basta ficar rico. O problema é que com a sua riqueza elas simplesmente constroem uma teia de relacionamentos superficiais e interesseiros. No final, acaba-se construindo uma sociedade somente de familiares e raríssimos “amigos” (se é que existem!) que muito pouco contribui para o nosso desenvolvimento humano e espiritual.

Para crescer, precisamos ser provocados nos acontecimentos rotineiros da vida. Crescemos, por exemplo, numa reunião de condomínio onde temos de “engolir” a opinião daquele vizinho radical (não sou seu!), porque não fomos nós que o convidamos para a festa (reunião)!

Ao “engolir” opiniões, muitas inclusive sem fundamento, nós evoluímos. Primeiro, testamos nossa paciência: quantas vezes tive de assistir a “aulas” de PLANO DIRETOR nas reuniões da AAMUR! Aprendemos – se estivermos de mente aberta – que nosso cônjuge ou nossos filhos muitas vezes também nos “engolem”.

Por falar de filhos, como construirmos um mundo ASSOCIATIVO, se nós educamos nossos filhos para competir e ser o melhor? Aliás, nós somos hipócritas (já disse isso para os meus filhos!), pois lhes pedimos que sejam os melhores na escola e, hipocritamente, lhes pedimos também que “amem o próximo como a si mesmo” nas igrejas. Competir e amar são atitudes mutuamente exclusivas!

Chega! Falei demais!

Tecnicamente falando, existe muito mais sobre ASSOCIATIVISMO. Tratei do tema em minha dissertação de Mestrado GESTÃO DEMOCRÁTICA: O CASO DE MURIAÉ (MG), disponível em: