Em
publicação anterior, falei da importância do ASSOCIATIVISMO para superar
crises. O ASSOCIATIVISMO não é importante somente para superar crises nos
governos, na política e na administração pública. O ASSOCIATIVISMO é,
principalmente, essencial para o nosso crescimento humano e espiritual.
Conforme
afirmam as pessoas iluminadas, nós somente nos desenvolvemos em função do
“feedback” que nos é dado pelas outras pessoas. As pessoas funcionam como um
espelho: elas nos refletem. Em problemas de relacionamentos, regra geral, nós
transferimos o problema para a outra pessoa, mas, na verdade, a pessoa somente
está “jogando em nossa cara” um problema que existe dentro de nós e que precisa
ser trabalhado. Deveríamos ser-lhe gratos!
A
democracia torna as pessoas individualistas. Elas pensam que para ser feliz
basta ficar rico. O problema é que com a sua riqueza elas simplesmente
constroem uma teia de relacionamentos superficiais e interesseiros. No final,
acaba-se construindo uma sociedade somente de familiares e raríssimos “amigos”
(se é que existem!) que muito pouco contribui para o nosso desenvolvimento
humano e espiritual.
Para
crescer, precisamos ser provocados nos acontecimentos rotineiros da vida.
Crescemos, por exemplo, numa reunião de condomínio onde temos de “engolir” a
opinião daquele vizinho radical (não sou seu!), porque não fomos nós que o
convidamos para a festa (reunião)!
Ao
“engolir” opiniões, muitas inclusive sem fundamento, nós evoluímos. Primeiro,
testamos nossa paciência: quantas vezes tive de assistir a “aulas” de PLANO
DIRETOR nas reuniões da AAMUR! Aprendemos – se estivermos de mente aberta – que
nosso cônjuge ou nossos filhos muitas vezes também nos “engolem”.
Por
falar de filhos, como construirmos um mundo ASSOCIATIVO, se nós educamos nossos
filhos para competir e ser o melhor? Aliás, nós somos hipócritas (já disse isso
para os meus filhos!), pois lhes pedimos que sejam os melhores na escola e,
hipocritamente, lhes pedimos também que “amem o próximo como a si mesmo” nas
igrejas. Competir e amar são atitudes mutuamente exclusivas!
Chega!
Falei demais!
Tecnicamente
falando, existe muito mais sobre ASSOCIATIVISMO. Tratei do tema em minha
dissertação de Mestrado GESTÃO DEMOCRÁTICA: O CASO DE MURIAÉ (MG), disponível
em: