Ao
escrever o comentário abaixo, “caiu a ficha”. Por que nossa qualidade de vida (nosso
estado de felicidade!) está piorando a olhos vistos, em que pesem o
desenvolvimento econômico e as altas tecnologias?
Existem
duas formas de mudar o mundo: uma é através das organizações; a outra é a
mudança das pessoas individualmente. Particularmente, entendo que as
organizações não mudarão se as pessoas não mudarem!
Mas
como as pessoas mudam? Segundo alguns pensadores, as pessoas mudam por meio dos
relacionamentos. É através das relações pessoais que vamos descobrindo nossos
defeitos – as relações pessoais funcionam como um espelho.
Mas,
hoje, os espelhos estão distorcidos, mais ou menos, como aqueles espelhos dos
parques de diversão! As relações pessoais deixaram de ser autênticas. Chegamos
ao ponto em que alguém pode ser processado por danos morais simplesmente por
dizer “bom dia”! O que é compreensível, pois, segundo os estudiosos, 55% da
mensagem estão na postura de quem a emite!
Como
as relações pessoais deixaram de ser autênticas, o mundo virou um teatro, uma
mentira global, apesar de Jesus ter tido que todos seremos julgados por cada
palavra inútil que tivermos falado. Como dizíamos nos velhos tempos, "só tem artistas": “rico, bonito, inteligente, culto, sensual, 1,80
m e olhos azuis”.
Não
existe, portanto, o que melhorar. Somos “perfeitos”, mas, apesar de “perfeitos”,
vivemos numa "merda" generalizada de imperfeições – principalmente de
imperfeições éticas e morais. E, assim sendo, não é possível ser feliz!
A propósito, o aniversariante deste mês afirmou, com todas as letras, que, para sermos
autenticamente felizes (ou seja, ingressarmos no Reino do Céu), é imprescindível
que nos tornemos como crianças (Mateus 18,3). E, logicamente, de nada adianta
nos transformarmos como crianças (ou como animais!) inconscientemente, por alguns momentos, na
base de bebidas, drogas e antidepressivos!
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(Postado
por Anacleto)
No
início da década de 60, mais de uma vez, eu e alguns amigos tivemos
oportunidade de conversar com o Jorge na Praça Nações Unidas até altas horas da
madrugada. Sem bebidas, sem drogas e sem preocupação com assaltos, crimes
ou danos morais. E, principalmente, sem dinheiro, sem carro, sem celular e
IPodeTudo! Ninguém era espadaúdo e musculoso; os exercícios eram naturais; eu,
particularmente, gostava muito de nadar no Rio Muriaé. Também gostávamos de
música -- segura esta, Marcelo Sena: às vezes, eu cantava, e, alguém pedia
"bis". Mas o forte era curtir Perfídia com Nat King Cole na eletrola
da casa de um amigo, cuja mãe era uma santa e, com paciência, tratava-nos com
se todos fôssemos seus filhos (inclusive de madrugada!). Em que transformamos
este mundo? Onde foi que erramos? Já que estou no post do Zé Wilson Zem: era um
prazer ver seu pai jogar sinuca; por vários anos, tentei imitar suas belas
jogadas... mas nunca consegui! Jorge era uma pessoa muito inteligente e
educada. Não me recordo, mas tenho certeza de que, lá no fundo de meu
inconsciente, estão gravadas muitas de suas conversas que, compondo o meu "banco
de dados", me auxiliaram numa longa etapa da vida que se iniciou com minha
ida para o Rio em julho de 1965!Felicidades, Jorge, foi um prazer ter
compartilhado com você algumas conversas aqui pela Terra! E viva o Mestre Osho,
pois "são as experiências vividas na infância que perseguem as pessoas
inteligentes durante toda a vida. Elas as querem de novo -- a mesma inocência,
o mesmo encantamento, a mesma beleza. Agora essas experiências são um eco
distante, algo que parece ter sido visto num sonho". Ou nas telas do Cine
Muriaé!