Religião
não é ritual, não é algo que você faz. Ela é algo em que você se transforma.
Por isso há sempre a possibilidade de existir uma falsa religião em algum lugar
na sociedade.
Uma
religião falsa é quando a transformação interior foi substituída pelo
ritual externo. Então você continua fazendo coisas e elas se tornam um hábito
enraizado em você, mas nada é alcançado.
As
pessoas vão à igreja ou ao templo, repetem as mesmas orações outra e outra vez,
e nada lhes acontece. Em algum lugar do caminho elas perderam a verdadeira
moeda — e substituíram-na por uma falsa.
Lembre-se
disto: a religião real e autêntica se refere ao ser, não ao fazer. Ela nada tem
a ver com sua vida exterior, mas com o seu centro. (grifo nosso)
Naturalmente,
quando o centro muda, a periferia o acompanha, sua vida externa também muda.
Mas o inverso não é verdadeiro: você pode mudar a periferia, e o centro não
mudará. E você viverá uma vida de hipócrita, de hipocrisia.
Você
terá uma periferia diferente do centro, não só diferente, mas também exatamente
oposta, contrária. E você será dividido em dois.
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O que Osho disse acima, Jesus resumiu em Mateus 23,26:
"Fariseu cego! Limpe primeiro o copo por dentro, e assim o lado de fora também ficará limpo".
As palavras de Jesus e as palavras de Osho mudariam muita coisa neste mundo. Infelizmente, por interesses de alguns e comodismo da maioria, tornaram os ensinamentos de Jesus uma "física quântica", em que pese a clareza e a objetividade de várias passagens bíblicas, como, por exemplo:
"Eu digo a vocês: no dia do julgamento, todos devem prestar contas de cada palavra inútil que tiverem falado. Porque você será justificado por suas próprias palavras, e será condenado por suas próprias palavras." Mateus 12,36-37.