"Uma sugestão ao eleitor(a): nessas eleições municipais, escreva em um papel 10 ou 20 exigências ou propostas a quem você gostaria de ver eleito vereador e prefeito. Analise quais prioridades merecem ser destacadas em seu município: Saneamento? Educação? Saúde? Creches em áreas carentes? Transporte coletivo? Áreas de lazer e cultura?
"Caso tenha contato direto com candidatos, pergunte a ele, sem mostrar o papel, se está de acordo com o que você propõe para melhorar o município. Se ele disser que sim, mostre o papel e peça que ele assine.
"Você verá o resultado."
Eu não assinaria o papel! Frei Betto está falando de um Plano Diretor individual!
O papel deveria apresentar as propostas de um bairro. De posse das propostas de todos os bairros, representantes dos bairros reunidos pelo Poder Executivo selecionariam as propostas prioritárias, e as propostas viáveis constariam do Plano Diretor do município – que, obviamente, deveria ser executado e fiscalizado com ampla participação da população que escolheu e priorizou as propostas. Tudo de acordo com a Lei nº 10.257/01, denominada Estatuto da Cidade (Até tu, Frei Betto, “está” jogando o Estatuto da Cidade no lixo?)
Simples, né? Mas como reunir as pessoas de um bairro para formalizar as propostas e, principalmente, fiscalizar depois se as propostas selecionadas estão sendo efetivamente realizas? E se tudo está sendo divulgado no Portal da Transparência, conforme prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal?
Como sempre digo, eleger um candidato e largar pra lá (seja Marx, Sócrates, Buda ou Cristo) e pensar que algo vai mudar é acreditar em Papai Noel!
O texto de Frei Betto está disponível em: http://odia.ig.com.br/portal/opiniao/frei-betto-elei%C3%A7%C3%B5es-municipais-1.468861
